quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Buraco das Araras é uma das grandes atrações em Mato Grosso do Sul


As histórias que cercam o Buraco das Araras em Jardim, a 239 km de Campo Grande, são parte do passeio. Os turistas que visitam o atrativo turístico ouvem dos guias as teorias para o surgimento da dolina, que pode ser definida como uma "colina ao contrário". São 100 metros de profundidade, 160 metros de diâmetro e 500 de circunferência.
Como este fenômeno ocorreu? Uma das lendas mais contadas diz que um meteoro caiu no município sul-mato-grossense formando o local, mas segundo informações do atrativo turístico, estudos mostram que o surgimento do Buraco das Araras começou há cerca 10 milhões anos, apesar de a dolina estar formada há 200 mil anos.
A formação começou com a infiltração da água da região nas fissuras da rocha arenítica, dissolvendo o calcário subterrâneo ao longo do tempo. Esse processo resultou no desmoronamento de uma camada superior formada pelo arenito e provocou o surgimento de dolinas em Jardim.
Existem outras lendas que cercam o “buracão”. Josenildo Rodrigues Vasques, um dos monitores que acompanham os visitantes, conta que ali era considerado por pistoleiros e coronéis o local ideal para eliminar desafetos, afinal, seria praticamente impossível encontrar um corpo no local.
O produtor rural Modesto Sampaio, 72 anos, conta que comprou a área em 1986 com a finalidade de criar gado para o sustento da família. Ao adquirir a fazenda, diz que era motivo de piadas o fato de sua propriedade possuir o “buracão”.

“Acharam graça, mas aquilo é obra de Deus”, conta ele que, dez anos depois da compra, resolveu largar a pecuária para explorar o turismo, iniciando o processo de reflorestamento na propriedade, outra ideia considerada “de doido”, conta.

“Tiro o sustento da família sem destruir. Gero empregos e conheço gente do mundo todo”, afirma Modesto. Cerca de 20 mil turistas visitam o local por ano.
Localização
O “Buraco das Araras” fica na fazenda Alegria. A área tem 100 hectares, desses, 29 fazem parte da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
Até 1999 era possível fazer rapel no local, mas a prática foi proibida para proteger o ecossistema. Apenas pesquisadores podem descer para exploração científica.

Na propriedade, o turista tem de percorrer cerca de 900 metros de trilha antes de chegar ao primeiro deck de contemplação da dolina, onde é possível apreciar o voo das araras e de outras 135 espécies de aves catalogadas.

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