Por Dirceu Martins - Terra da Gente
Dia foi de visita à uma gruta descoberta em 1940 e que abriga fósseis pré-históricos
À noite caiu um toró d'água. Uma delícia pra dormir, com barulhinho e frescor de nuvem que desce para lavar a alma. Mas preocupante, pois poderia impedir nosso passeio à gruta do lago azul, o cartão postal de bonito. Saímos junto com o sol na estrada e quando chegamos ao portal da gruta, lá estava o sol pra nos alegrar e iluminar o caminho.
A gruta foi descoberta em 1940 e derante um bom tempo foi usada para folias: um tiozinho que conhecia o caminho levava uns tantos curiosos pra lá, e como só ver era pouco, aproveitavam para fazer churrasco e (pasmem) dar tiros de revólver 44 nos espeleotemas - as estalactites eram as preferidas como alvos suspensos.
Depois veio o controle. Em 1978, o local foi declarado Patrimônio da União, com capacidade de visitação restrita a 305 pessoas por dia, só com guia treinado. O nosso foi Cícero, um jovem esperto e inteligente que nos deu uma boa lição sobre a gruta e o fantástico lago que repousa no fundo dela.
Se engana quem pensa que conversa do guia era enfadonha. Que nada. Sabia que a 27 metros abaixo da água os caras encontraram fósseis da um tigre dente de sabre e de uma preguiça gigante? Ainda estão lá, no mesmo lugar, inacessível das trilhas. O Terra vai mostrar as fotos feitas pelos cientistas. Chocantes.
A maranhense, Jane, ficou empolgado com a organização da visitação. Ficou maquinando sozinha um jeito de fazer o mesmo no Maranhão. Legal! è o adventure mexendo com mentes e corações.
O dia foi de bichos: lagartos, aranha caranguejeira, veados campeiros, formigas cuiabanas (aos milhões), jacarés, alma-de-gato, surucuá-de-peito-vermelho, guaxus, joão-pinto. No fim da tarde, tamanduá. Tá bom, né?
Amanhã, aeroporto. O dia do retorno. Mas ainda rende mais um relato diário.
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